Conheça a região da Bela Vista

Próxima dos Jardins e do Centro, a Bela Vista atrai pessoas de São Paulo e turistas com opções gastronômicas e culturais. Parte da área é conhecida como Bixiga.

Por Redação Em:

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Histórico

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O desenvolvimento da região da Bela Vista começou no fim do século XIX e no começo do século XX, época em que a economia paulistana girava em torno da cultura cafeeira. 

 

Com vista privilegiada por se situar em uma área alta da cidade de São Paulo, o bairro nasceu a partir do loteamento desenvolvido na terra que pertencia a Antônio José Leite Braga, localizado entre as atuais avenidas 23 de Maio e 9 de Julho. O então imperador do Brasil, Dom Pedro II, inaugurou o loteamento em 1878. 

 

Por ter contraído varíola, Braga tinha o apelido de Bixiga (forma popular de se referir à doença), e a região era chamada de Campos do Bixiga. Até hoje, Bixiga é o nome popular da parte do bairro que concentra cantinas, teatros e atividades ao ar livre.

A região foi ocupada, inicialmente, por imigrantes italianos, recebendo também, nos primeiros anos, portugueses e espanhóis. Após a abolição da escravatura, negros também se tornaram moradores do local. 

 

Nas primeiras casas da região, viveram artesãos e pequenos comerciantes.

 

O bairro passou a se chamar Bela Vista em 1910, por decreto municipal. A Rua 13 de Maio e a paróquia Nossa Senhora da Achiropita datam de 1926.

 

Em 1929, para ligar a 13 de Maio com o Morro dos Ingleses (que era um antigo campo de golfe), foi construída a Escadaria do Bixiga – com 84 degraus e 16 metros de altura. 

 

Em 2002, a região do Bixiga foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade de São Paulo. 

Onde comer na Bela Vista

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A referência italiana na região pode ser vista nas cantinas mais famosas de São Paulo. Não faltam boas opções no Bixiga, com destaque para as massas, é claro, mas também com outras ótimas opções.

Segundo a startup Dataland, há 3.399 restaurantes e pizzarias na região.

 

Selecionamos alguns lugares que você precisa conhecer:

  • Famiglia Mancini – Na charmosa rua Avanhandava – polo de gastronomia, arte e comércio da região –, você encontra as tradicionais Pizzaria Famiglia Mancini e a Trattoria Famiglia Mancini, com muitas variedades de massas.
  • Cantina e Pizzaria Speranza – Com mais de 60 anos de história, a Speranza trouxe ao Brasil o sabor margherita, típico de Nápoles. Localizado na Rua 13 de Maio, o restaurante se tornou conhecido também pela pizza napoletana e pelo calzone (pizza fechada).
  • Cantina C Que Sabe – Uma das mais tradicionais da capital paulista, a C Que Sabe tem panelas no teto e lustres em formato de escorredor de macarrão. Funciona desde 1931 na Rua Rui Barbosa. 
  • Mexilhão – Para quem aprecia frutos do mar, uma dica é conhecer o Mexilhão. Em funcionamento desde 1970, o restaurante da 13 de Maio  tem pratos como casquinha de siri, camarão na moranga e lagosta a termidor. 
  • Templo da Carne – Fundado em 1979, o restaurante oferece, entre os destaques, bombom de alcatra e bisteca de contrafilé. Com área total de 975 metros quadrados, o restaurante funciona também como espaço para eventos. É mais uma opção na 13 de maio.
  • Ludus Luderia – Você gosta de jogar com seus amigos e com sua família? Então precisa conhecer a Ludus. Com um ambiente descontraído, comes e bebes de bar e hambúrgueres, o local tem centenas de opções de jogos, além de guias que te ensinam a jogar.

Curiosidade: A cantina Capuano foi inaugurada em 1907. Até 2018, quando fechou suas portas, foi o restaurante mais antigo em funcionamento na capital paulista. 

Festas de rua e Vai-Vai

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A região se destaca também pelos eventos ao ar livre. A Festa da Achiropita – o mais famoso deles – homenageia a padroeira do bairro. Fundada por imigrantes italianos, a Paróquia Nossa Senhora Achiropita faz parte do setor Sé da Arquidiocese de São Paulo. 

 

A festa é realizada nos fins de semana de agosto, com comidas e músicas típicas italianas. Começa no último fim de semana de julho e se estende até o fim de agosto, recebendo mais de 200 mil pessoas no total. Em 2022, o evento chegou à sua 96ª edição e voltou a ocorrer presencialmente, após dois anos de interrupção devido ao isolamento resultante da pandemia de covid-19.

 

Outro evento famoso é a comemoração, em 25 de janeiro, do aniversário da cidade de São Paulo com um bolo comunitário gigante, conhecido como Bolo do Bixiga. Nos dois últimos anos, porém, a tradição foi interrompida. 

 

Em 2021, a comemoração ocorreu de forma virtual, por causa do isolamento social. Em 2022, por causa do surto de gripe e do aumento dos casos de covid-19, a celebração com bolo foi substituída por campanha de arrecadação de alimentos. O evento poderá ser retomado no próximo ano.

 

A escadaria do Bixiga, que nasceu apenas como local de passagem, tornou-se parte do cenário cultural de São Paulo nos últimos anos. No segundo sábado do mês, um show de jazz acontece no local, assim como uma feira gastronômica na Praça Dom Orione, logo em frente.

 

A escola de samba Vai-Vai – principal campeã do Carnaval de São Paulo – tem sua sede na região da Bela Vista há mais de 50 anos. Em setembro do ano passado, a Vai-Vai anunciou que sairia de seu tradicional endereço, devido à construção da estação Praça 14 Bis, da linha 6-Laranja do metrô, no local. 

 

A Vai-Vai terá dois espaços oficiais: um no próprio Bixiga, na rua Almirante Marques de Leão, e outro na Avenida Presidente Castelo Branco, nas proximidades das escolas de samba Águia de Ouro e Mancha Verde. Os ensaios para o Carnaval deste ano foram realizados no Sindicato dos Bancários, na Praça da Sé.

Teatros

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Quem frequenta o cenário teatral de São Paulo conhece, certamente, pelo menos parte das casas de espetáculos da Bela Vista. 

 

A primeira inaugurada na região foi o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que data de meados do século passado. 

 

Aos poucos, o Bixiga se tornou um importante polo cultural, concentrando o maior número de teatros da capital paulista.

 

Que tal conhecer alguns dos principais?

 

O Teatro Oficina Uzyna Uzona, considerado patrimônio cultural brasileiro por artistas e apreciadores de teatro, foi fundado por estudantes de direito da Universidade de São Paulo (USP), entre eles, José Celso Martinez Corrêa – o Zé Celso. 

 

Com projeto dos arquitetos Lina Bo Bardi e Edson Elito, o prédio onde funciona o Teatro Oficina é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat). É conhecido pela encenação de peças de caráter político, como O Rei da Vela, e espetáculos polêmicos, como As Bacantes.

 

O Teatro Renault, tombado pelo patrimônio histórico, recebe a maior parte dos espetáculos da Broadway encenados no Brasil. 

 

Outro destaque da região é o Teatro Sérgio Cardoso. Com mais de 40 anos, a casa oferece musicais e espetáculos de dança, além de peças tradicionais. 

Paulista

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A Bela Vista inclui o lado da Avenida Paulista mais próximo do Centro, com referências culturais como a Japan House, o Masp e o Instituto Moreira Salles. 

 

Há opções de compras em shopping centers como Top Center, Shopping Cidade São Paulo e Center 3 e, nas proximidades, Shopping Pátio Paulista e Shopping Frei Caneca.

 

A região inclui ainda faculdades reconhecidas, nacionalmente, como Cásper Líbero e Fundação Getulio Vargas (FGV), e hospitais de destaque, como Sírio Libanês, Beneficência Portuguesa, 9 de Julho e Oswaldo Cruz.

 

Para saber mais, acesse o post Conheça a região da Avenida Paulista

Mobilidade

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Em 2021, o distrito da Bela Vista contava com uma população de 88.730 pessoas, conforme levantamento da Dataland. O número de domicílios chegava a 38.733, no ano passado, com 2,29 pessoas por moradia.

Segundo a Dataland, 130 quadras formam o distrito. O maior número – 48% – é composto pela classe alta. Há também, na região, grande concentração da classe média. Na Bela Vista, há 2.046 prédios residenciais dos padrões médio e alto, além de 887 com perfil de baixa renda. Em relação às casas, existem 2.348 com perfis de renda média e alta, e 284 de baixo padrão.

O distrito da Bela Vista é atendido, de acordo com a Dataland, pelas estações de metrô Japão-Liberdade, São Joaquim, Vergueiro e Paraíso, da Linha 1-Azul, Consolação, Trianon-Masp e Brigadeiro, da Linha 2-Verde, República, Anhangabaú e Sé, da Linha 3-Vermelha, e Higienópolis-Mackenzie, da Linha 4-Amarela. 

 

Futuramente, contará também com as estações 14 Bis e Bela Vista, da Linha 6-Laranja. 

 

Para conhecer outras dicas de bairros, acompanhar as novidades do segmento imobiliário e aprender a simplificar burocracias, consulte o blog da UBlink.

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