Conheça a região dos Jardins, em São Paulo

Reunindo tradição, variedade de comércio e serviços e proximidade da Avenida Paulista, os Jardins são uma das regiões nobres mais cobiçadas por quem busca um imóvel residencial.

Por Redação Em:

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Foto da rua Oscar Freire, por muitos considerada a mais famosa da região dos Jardins

Como surgiram, e quais bairros fazem parte dos Jardins?

A região é formada por Jardim Europa, Jardim Paulista, Jardim Paulistano e Jardim América, e há quem inclua também o bairro Cerqueira César. 

Pela proximidade com importantes bairros como o Itaim Bibi, muita gente associa os Jardins à zona Sul da capital paulista, mas a região se localiza na zona Oeste e é administrada pela subprefeitura de Pinheiros. 

Quem circula, atualmente, pelos bairros que compõem os Jardins não imagina que, há pouco mais de um século, a região ainda era uma várzea do rio Pinheiros.

A história dos Jardins começou 110 anos atrás, com a formação do Jardim América a partir de um loteamento de áreas da região pela Companhia City of São Paulo Improvements and Freehold Land Co. Ltda. No local, a urbanizadora desenvolveu um projeto residencial de alto padrão. Em 1922, houve o lançamento do Jardim Europa e, na sequência, vieram o Jardim Paulista e o Jardim Paulistano. 

“Com arquitetura elegante e sofisticada, a região manteve o perfil de alto padrão e ganhou mais valor e relevância, na cidade de São Paulo, ao longo dos anos”, diz Rogério Santos, um dos fundadores da UBlink. Embora seja uma área principalmente residencial, ressalta Santos, os Jardins se destacam também como região empresarial, devido aos dois eixos limitantes – as avenidas Paulista e Faria Lima –, assim como referência cultural e de compras de grifes famosas.

Nas décadas de 1960 e 1970, os prédios de escritórios passaram a compor a região da Avenida Paulista, que se tornou um importante centro financeiro, contribuindo para uma valorização ainda maior dos Jardins. 

Se você quiser saber mais sobre a relação entre a expansão residencial na cidade e o desenvolvimento de áreas de escritórios comerciais, leia o post Por que as zonas Sul e Oeste de São Paulo concentram tantos lançamentos imobiliários? aqui no Blog da UBlink.

Comércio e serviços

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A região oferece diversas opções de compras e também restaurantes

É comum a associação de comércio de rua a um perfil mais popular de lojas, mas a região dos Jardins prova que nem sempre é assim. Localizada no Jardim Paulistano, a rua Oscar Freire, por exemplo, se destaca pela sofisticação que atrai um público de alto padrão para compras e passeios, principalmente nas tardes de sábado.

Entre as grifes que se destacam na Oscar Freire estão Diesel, Osklen, Calvin Klein, Dudalina e Morena Rosa. 

Ao mesmo tempo, a rua mais sofisticada de compras do país oferece também opções acessíveis, como o Mercadinho Chic, que reúne lojas de moda, acessórios, joias e semijoias. Outros exemplos mais em conta são a Galeria Jardins e a Galeria Oscar. E se você quiser só espairecer, sem fazer compras, pode só curtir a “vibe” da região e parar para tomar um sorvete ou um café.

Quando estiver pela Oscar Freire, aproveite para zanzar pela Rua Augusta, uma das mais conhecidas de São Paulo. Dividida pela Avenida Paulista, a Augusta tem parte de sua extensão no lado do Centro, e outra parcela nos Jardins.

O lado mais sofisticado é citado na música Hey Boy, dos Mutantes: “he he he hey boy, o teu cabelo tá bonito hey boy, tua caranga até assusta hey boy, vai passear na rua Augusta” e conta com opções como a Galeria Ouro Fino e o Shopping Galeria Vitrine Augusta.

Curiosidades

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Fachada do Shopping Iguatemi

  • Quando o Shopping Iguatemi de São Paulo – primeiro centro comercial do Brasil com características de shopping center – foi inaugurado em 1966, muita gente duvidou que esse modelo de empreendimento pudesse atrair pessoas de alta renda. Na época, era na rua Augusta que a elite paulistana costumava passear e fazer compras.
  • Nos Jardins, está localizado o MG Hair Design, de Marco Antônio de Biaggi, conhecido como o cabeleireiro das estrelas e considerado o “rei das loiras”. O salão está instalado em um espaço de 2.000 metros quadrados.

Cultura

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A região fica ao lado da Avenida Paulista, ampliando as opções culturais

Os moradores dos Jardins têm à disposição inúmeras opções culturais da Avenida Paulista, como a Japan House, a Casa das Rosas, o Sesc Paulista, o Itaú Cultural, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o Instituto Moreira Salles. Para informações sobre cada uma delas, vale dar uma olhada no post Conheça a região da Avenida Paulista.

Se você gosta de cinema, pode ir a pé para o Reserva Cultural, para o Cine Sesc ou para o Shopping Cidade São Paulo. Caso sua preferência seja por encenações ao vivo, tem à sua escolha o Teatro Gazeta, o Eva Herz, o Teatro Unimed, o Teatro Procópio Ferreira e o Teatro do Sesi.

Entre as opções de museus, estão o MIS – Museu da Imagem e do Som, e o MuBE – Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia.

E como está o mercado imobiliário nos Jardins atualmente?

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Veja como está o mercado imobiliários dos Jardins em 2023

Em fevereiro de 2023, o preço médio de venda de imóveis residenciais nos Jardins era de R$ 14,241 mil, o que representa uma alta de 5,2% no período de 12 meses, conforme o Índice FipeZAP+ de Venda Residencial. Na capital paulista, os Jardins só ficaram atrás, no valor por metro quadrado, do Itaim Bibi (R$ 16,074 mil) e de Pinheiros (R$ 15,402 mil). Na média, o preço por metro quadrado em São Paulo era de R$ 10,260 mil em fevereiro. 

Já o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial apontou que o valor pedido por metro quadrado alugado nos Jardins, de R$ 58,40, foi o quarto maior da capital paulista no segundo mês deste ano, com aumento de 12,4% em 12 meses. Nas três primeiras colocações, estavam Itaim Bibi (R$ 73,2), Pinheiros (R$ 70,9) e Moema (R$ 60,1). O preço médio pedido por metro quadrado locado em São Paulo foi de R$ 46,41. 

Tanto na venda quanto na locação, o Índice FipeZAP+ considera os valores de anúncios online dos imóveis. Os dados deixam claro que existe muita demanda pelos Jardins seja para aquisição ou para aluguel. Se você pensa em comprar uma moradia na região para morar ou investir, saiba que há boas perspectivas de valorização da unidade.  

Nos últimos anos, empreendimentos de luxo foram o destaque entre os lançamentos imobiliários dos Jardins. A dificuldade de se encontrar terrenos na região, somada a  características do bairro como qualidade de vida, presença de muitas áreas verdes e ótima infraestrutura, possibilitam que incorporadoras apresentem produtos, na região, com preço por metro quadrado muito acima da média da capital paulista.

Um exemplo do tipo de projeto que vem sendo desenvolvido nos Jardins é o Tonino Lamborghini San Paolo, lançado pela Gafisa no fim de 2021 e com previsão de entrega em 2025. O empreendimento – composto de apartamentos e studios – leva a marca do empresário e design italiano, e simboliza a concentração que a incorporadora vem tendo no alto padrão. No lançamento, o produto foi vendido pelo preço médio por metro quadrado de R$ 40 mil.

Helbor e Nortis também fazem parte das empresas que apostam na região com projetos para a alta renda.

No segmento de escritórios, a taxa de vacância – relação entre espaços vagos e área total de imóveis – dos Jardins caiu de 9,8%, em 2021, para 8,5% em 2022, segundo a consultoria CBRE. Na mesma base de comparação, o preço pedido por metro quadrado teve aumento de 24%. No entanto, vale pontuar aqui que um movimento similar pode ser observado em outras algumas regiões de São Paulo, ainda como efeito da retomada da ida aos escritórios no pós-pandemia.

De acordo com a CBRE, a vacância geral da cidade de São Paulo ficou em 21,2%, no último trimestre de 2021, e de 20,7% no quarto trimestre do ano passado. Ou seja, a disponibilidade de escritórios nos Jardins é bem inferior à da maior parte da capital paulista.

Para saber mais sobre os principais bairros de São Paulo, dicas de qualidade de vida e informações sobre o mercado imobiliário, acompanhe o Blog da UBlink.

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