Nova alta da Selic estimula o mercado de locação de imóveis
Entenda como o aumento da taxa básica de juros afeta o setor imobiliário e por que a demanda por aluguéis tende a crescer.
Por Redação Em:
Por Rogério Santos (*)
O novo aumento da taxa Selic, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira, de um ponto percentual, para 12,75%, torna ainda mais desafiador o cenário de venda de imóveis dos padrões médio e alto neste ano. Esse ambiente incentiva que parte das pessoas que buscam uma casa ou um apartamento optem pelo aluguel em vez da compra.
Ainda que as elevações da Selic não sejam repassadas, integralmente, às taxas de crédito imobiliário, servem de referência para altas do custo do financiamento habitacional. Cada vez que os bancos aumentam as taxas cobradas pelo crédito à aquisição da casa própria, as prestações sobem, e menos gente passa a ter renda suficiente para contratar esses recursos.
Na semana passada, a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou que o total de financiamentos com essa fonte de recursos caiu 20%, em março, na comparação anual, para R$ 14,8 bilhões. No trimestre, a queda foi de quase 5%.
Outro ponto a ser observado é que, com o aumento dos juros, o ritmo de amortização dos empréstimos é reduzido, o que significa menos dinheiro disponível para novas originações de financiamento. Em 2022, deve haver também quantidade menor de recursos para financiar a compra de imóveis usados, por este ser um ano de muitas entregas de projetos lançados desde 2019.
Na locação, é comum haver exigência que o proprietário tenha garantia de pagamento por meio de um fiador, de seguro ou caução. Muitas vezes, essa é a principal barreira para quem quer alugar o próximo lar. Na UBlink, não exigimos fiador, ao mesmo tempo em que asseguramos o pagamento do aluguel ao proprietário.
O advento das plataformas digitais, como a da UBlink, também contribui para o crescimento do mercado de locação, à medida que a tecnologia simplifica os processos de negociação de imóveis.
Vale lembrar que a decisão de alugar um imovel não passa só pelo bolso. Para quem acaba de chegar a uma cidade e ainda precisa conhecer melhor o bairro, o trânsito e todo o resto da experiência de morar, o aluguel se mostra, muitas vezes, como a melhor opção.
Com a busca cada vez maior por flexibilidade e mobilidade, acelerada pelo trabalho remoto ou híbrido na pandemia e pela chegada das novas gerações ao mercado de trabalho, o aluguel também é visto como possibilidade para que as pessoas se desloquem menos e tenham mais tempo livre.
Outro exemplo de quem busca a locação de uma moradia é quem muda de estilo de vida, por exemplo, ao se casar, separar, ou ter filhos. E sabemos que o número de separações tem crescido, seja pela pandemia ou pela possibilidade de realizar processos consensuais de forma digital.
(*) Rogério Santos é um dos fundadores da Ublink